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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Restart rebate Lobão e Tico Santa Cruz e fala de novos rumos


por Helder Maldonado – O figurino colorido que caracterizava os integrantes da banda Restart agora é passado. A banda paulistana que surgiu com alarde há cinco anos tocando o chamado happy rock mudou consideravelmente. O figurino de tons berrantes agora dá lugar a peças mais sóbrias. E as letras, antes inocentes, ganharam conotações mais picantes, como pode ser notado no recente single “Cara de Santa”.
Amadurecimento? Pode ser. Afinal, quando a banda surgiu, em 2008, os músicos estavam todos com cerca de 16 anos. Agora, já na casa dos 20, muita coisa mudou. A banda adquiriu experiência e estrada. Passou por altos e baixos na carreira, conheceu a fundo o traiçoeiro mundo da fama e, claro, foi alvo de colunistas sociais. Principalmente o vocalista Pe Lanza, que teve relacionamentos midiáticos, como o namoro com a atriz Giovanna Lancelotti e o affair com a modelo e apresentadora Ellen Jabour.
Mas fofocas não mantém carreiras em alta. Não por muito tempo. Por isso a banda empresariada por Marcos Maynard e Guto Campos tem criado vários planos para continuar em evidência em um momento pouco oportuno para o rock no país. Para este ano, a proposta do Restart é lançar vários singles digitais, para só depois compilar essas faixas em um disco físico. “O resultado desse tipo de ação é satisfatório para nosso público. “Cara de Santa”, primeira das músicas a sair exclusivamente nesse formato, foi bem recepcionada no iTunes. Portanto, nos próximos meses vamos continuar criando novas faixas, cada qual com uma identidade diferente. Essa estratégia é boa para atingir pessoas com gostos variados e serve também para exercitar nossa criatividade e encontrar novos direcionamentos para compor”, relata o guitarrista Pe Lu.
Experimentar novos ritmos não é novidade na carreira da banda. Após lançar o primeiro disco, que tinha basicamente influência de emocore, o Restart gravou reggae e música eletrônica, entre outros gêneros. “Não gostamos de ficar presos a um só estilo. Até porque cada um de nós tem suas próprias influências. Então, é normal que na hora de compor cada integrante da banda soe diferente dos outros”, explica o vocalista e baixista Pe Lanza.
Em paralelo a esse projeto, a Restart também participa de um novo produto lançado por Marcos Maynard. Trata-se de um curso de inglês para crianças. A banda gravou músicas que integram o material didático. O grupo CW7, contratado do mesmo escritório artístico, também gravou algumas faixas para esse produto. “Recentemente, participamos de um DVD da Xuxa e o Pe Lu compôs uma música para Atchim & Espirro. Apesar desse contato com o universo infantil, nunca pensamos em criar um projeto destinado só para esse público. Porém, é bom expandir o alcance do nosso trabalho com participações especiais”, relata o guitarrista Koba.
POLÊMICAS 
Nos últimos anos, a Restart foi uma das bandas mais comentadas na mídia. Seja para o bem ou para o mal. Apesar do sucesso comercial, a banda foi vaiada ao ganhar premiações musicais como o VMB. Além disso, despertou o rancor de roqueiros mais velhos, que desprezam o figurino e a música do Restart. Lobão, é óbvio, não deixou de dar sua opinião sobre o quarteto. “Você pode imaginar a subserviência de um garoto de 17, 18 anos que quer mudar o mundo… Vai virar um Restart (que faz qualquer coisa) para poder aparecer”, disse o músico durante entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan.
Apesar de não ter respondido à altura até em 2011, quando ocorreu a polêmica frase, a banda aproveitou a oportunidade na entrevista a SUCESSO! para a réplica.
“Tem gente que não cria mais nada de novo e procura atacar quem trabalha. E é complicado, porque muitas vezes esses ataques partem de pessoas que admiramos. Mas não tem erro. Só quero ter a chance de um dia encontrar o Lobão e perguntar se ele já se arrependeu de ter usado aquelas roupas coloridas na época em que integrava a banda Blitz”, comenta Pe Lanza.
Tico Santa Cruz, que costuma utilizar qualquer espaço que tem na mídia para provocações, também deu uma alfinetada nos garotos. A acusação, nesse caso, foi mais grave. O vocalista do Detonautas disse que a banda cobra para as fãs visitarem o camarim.
“Isso não procede. Não teríamos essa cara de pau. Além do mais, nosso relacionamento com as fãs é muito saudável. Temos amizade com várias admiradoras da banda, conversamos com elas pelas redes sociais e pessoalmente. Tudo isso sem problema e sem cobrar nada”, explicou Koba, perante uma plateia de dez garotas que tiraram fotos e conversaram com os músicos durante a tarde em que rolou essa entrevista. E nenhuma pagou nada por esse acesso privilegiado.

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